Chega de farra nas apostas esportivas

data 23 de outubro de 2023

Deputado sugere regularização da prática.

O jogo já é uma realidade em nosso país. Porém, é uma tradição fazer vista grossa para a jogatina enquanto os brasileiros gastam dinheiro em apostas e o governo perde em arrecadação. Mas não é só de arrecadação que trata esse tema. É de regulamentação para que haja um controle, um resguardo jurídico para ambas as partes, seja pra quem joga, seja pra quem oferece uma plataforma de apostas.

Não é raro ler notícias sobre empresas que não pagaram apostas. E os escândalos envolvendo manipulação nos resultados são cada vez mais comuns. Esquemas milionários envolvendo jogadores de futebol, que recebem propostas imorais para cometerem faltas e receberem cartões amarelos e vermelhos, chocaram o Brasil. As empresas de apostas já se apoderaram do futebol brasileiro e trapaças como essas não só denotam a desonestidade absurda que corrói as entranhas das apostas esportivas, mas também mancham o futebol do nosso país, esporte que é um símbolo de entretenimento, união e paixão para o nosso povo.

Essa enxurrada de escândalos ligou o alerta no Congresso Nacional e tivemos que dar uma resposta à tal ameaça. Um projeto prevê a adoção de políticas para prevenir a lavagem de dinheiro e garantir o jogo responsável e a prevenção do vício em jogo, além da integridade de apostas e evitar manipulação de resultados e outras fraudes. A publicidade relacionada aos jogos também deverá ser responsável, sendo proibido sugerir ou dar margem para o entendimento de que a aposta pode ser uma alternativa ao emprego, solução para problemas financeiros, fonte de renda adicional ou forma de investimento financeiro. E haverá forte restrição no que diz respeito à participação em apostas de dirigentes, atletas e árbitros, incluindo seus parentes. Foram diversos os mecanismos criados para regulamentar esse setor que existe há muito tempo.

A situação atual era inadmissível: dezenas de “bets” faturando bilhões de reais e retendo todo o lucro, todas sediadas fora do Brasil e sem nenhuma obrigação fiscal e jurídica. Brasileiros prejudicados tinham que engolir o choro e aceitar qualquer ação dessas empresas. Agora, o país arrecadará dinheiro e os cidadãos terão a quem recorrer se forem lesados. Afinal, por que todos os setores têm que pagar impostos e as “bets” não!?

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