Casamento pode causar maior risco de demência, aponta estudo

data 1 de maio de 2025

Foram analisados dados de mais de 24 mil americanos sem demência no início do levantamento. Eles foram acompanhados por até 18 anos

Uma pesquisa de 2019 dos Estados Unidos descobriu que pessoas solteiras tinham “chances significativamente maiores de desenvolver demência durante o período do estudo do que suas contrapartes casadas”. Foram analisados dados de mais de 24 mil americanos sem demência no início do levantamento. Eles foram acompanhados por até 18 anos.

A equipe comparou as taxas de demência entre grupos conjugais: casados, divorciados, viúvos e nunca casados. No início, parecia que todos os três grupos de solteiros tinham um risco reduzido de demência em comparação com o grupo de casados. Porém, depois de observar outros fatores que poderiam influenciar os resultados, como tabagismo e depressão, somente as pessoas divorciadas e as que nunca se casaram apresentaram um risco menor de demência.

Foram analisadas também as diferenças, dependendo do tipo de demência. Por exemplo, o fato de não ser casado foi consistentemente associado a um risco menor de doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Mas isso não foi demonstrado para demência vascular – uma forma mais rara da doença.

Os pesquisadores também descobriram que pessoas divorciadas ou que nunca se casaram tinham menos probabilidade de progredir de comprometimento cognitivo leve para demência e que as pessoas que ficaram viúvas durante o estudo tinham um risco menor de demência.

Justificativa para o resultado

Pessoas casadas podem ser diagnosticadas mais cedo porque têm cônjuges que podem perceber os problemas de memória e orientam por uma consulta médica. A medida pode fazer com que a demência pareça mais comum em pessoas casadas, mesmo que não seja.

O estudo desafia a ideia de que o casamento é bom para a saúde e sugere que o efeito dos relacionamentos sobre a demência é muito mais complexo. O que importa pode não ser o status do seu relacionamento, mas o quanto o cônjugue se sente apoiado, conectado e realizado.

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