Câncer de próstata – vigilância ativa

data 12 de novembro de 2024

Nem todos os casos exigem a retirada total da próstata e a radioterapia. Saiba mais.

No Brasil, o câncer de próstata ataca setenta mil homens e causa mais de dezessete mil mortes por ano. A quantidade de casos vem aumentando devido aos diagnósticos mais precisos e porque os homens estão vivendo mais. Cerca de 75% dos casos de câncer de próstata são detectados em homens com mais de 65 anos, logo, é considerado um câncer da terceira idade.
Alguns tumores são muito agressivos e crescem rapidamente, espalhando-se da próstata para outros órgãos, mas segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a grande maioria dos tumores cresce tão lentamente que não chega a dar sinais durante a vida, nem ameaça a saúde do homem.
Essa realidade fez com que surgisse uma nova abordagem no tratamento da doença: a vigilância ativa. Cada vez mais, homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco optam pela vigilância ativa do tumor, evitando a retirada total da próstata e a radioterapia, por exemplo.
Na vigilância ativa, com acompanhamento médico, os pacientes fazem o monitoramento periódico dos níveis de PSA, além de ressonâncias magnéticas da próstata e biópsias para avaliar sinais de que o câncer esteja evoluindo, possibilitando identificar quando a doença evolui para encaminhar o paciente ainda em tempo hábil para o tratamento curativo.
Na vigilância ativa, o paciente não abandona o acompanhamento do urologista. Ao contrário: mesmo nos casos em que a doença não progride, os pacientes devem manter o seguimento.
Cerca de 30 a 35% dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata possuem doença classificada como de “baixo risco”, passível de vigilância ativa. Outros 50% têm a doença de risco intermediário e também teriam possibilidade de receber a vigilância ativa como possibilidade inicial de abordagem da doença.
A decisão pela vigilância ativa deve ser tomada em comum acordo entre médico, paciente e familiares, com base em vários exames e critérios clínicos. O contato constante com o urologista é essencial para a mudança de abordagem imediata assim que se percebe alguma alteração de comportamento ou agressividade do tumor.

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