BOMBA: Espiões russos estavam no Brasil se passando por cidadãos brasileiros, revela a PF

data 22 de maio de 2025

As autoridades brasileiras continuam apurando o caso

Nos últimos anos, o Brasil tem sido utilizado por espiões russos como base para a criação de identidades falsas, permitindo sua infiltração em instituições internacionais. A Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão conduzindo investigações para desmantelar essa rede de espionagem.

Um dos casos mais notórios é o de Serguei Tcherkasov, que assumiu a identidade de Victor Muller Ferreira, um cidadão brasileiro fictício. Tcherkasov foi detido na Holanda ao tentar se infiltrar no Tribunal Penal Internacional. Outro caso envolve Mikhail Mikushin, que usava o nome José Assis Giammaria e foi preso na Noruega enquanto atuava como pesquisador em uma universidade local. Além disso, um agente identificado como Chmirev utilizava documentos brasileiros com o nome de Gerhard Daniel Campos Wittich na Grécia.

As investigações revelam que os espiões russos exploraram vulnerabilidades no sistema de documentação brasileiro, como a facilidade em obter certidões de nascimento e outros documentos oficiais. A diversidade étnica da população brasileira e a boa aceitação do passaporte brasileiro no exterior também são fatores que teriam facilitado a criação de identidades falsas.

A Abin identificou a atuação de Serguei Alexandrovitch Chumilov, que se passava por diplomata na embaixada da Rússia em Brasília. Chumilov utilizava sua posição para cooptar brasileiros como informantes, oferecendo bolsas de estudo e programas de intercâmbio na Rússia como forma de atrair estudantes e acadêmicos de determinadas áreas. Ele deixou o Brasil após ser identificado como espião por autoridades brasileiras.

As autoridades brasileiras continuam apurando o caso e colaborando com agências internacionais para identificar e prevenir futuras infiltrações. A Polícia Federal e a Abin estão intensificando os esforços para fortalecer os sistemas de documentação e evitar que o Brasil seja utilizado como plataforma para operações de espionagem estrangeiras.

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