A primeira Big Band sub30 de Santa Catarina, com integrantes de até 29 anos de idade, prepara-se para entrar em cena. Na estreia do projeto, a partir de 31 de agosto, apresentações em cinco cidades: Araquari, Joinville, Guaramirim, São Bento do Sul e São Francisco do Sul. O acesso é gratuito – mas a organização vai recolher alimentos não-perecíveis para doação a entidades sociais dos municípios abrangidos. Nas semanas anteriores, o público terá a chance de conferir ensaios abertos da banda, no hall da Casa da Cultura de Joinville, dia 20, e no Shopping Mueller, dia 27, sempre a partir das 19h, com uma palhinha do que será o espetáculo que vem sendo montado desde o início do ano, quando se realizaram as provas práticas para selecionar os músicos participantes.
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A Experimental Big Band nasce com 16 componentes, vindos de Joinville, Blumenau, Florianópolis, São José, Schroeder, Barra Velha e Camboriú: Alan Pedro Liba Fróes (sax barítono), Alexander França Silva (bateria), Ana Júlia de Lima (piano), Anthony Macêdo (sax tenor), Gabriel dos Santos (trompete), Gabriel Alves (trompete), Guilherme Espindola (guitarra), Jezriel de Souza (trompete), Juan Bastos (sax alto e flauta), Julio Leduc (sax alto), Leandro Guimarães (trombone tenor), Leonardo de Almeida (sax tenor), Luan Bastos (trompete), Maicon Machado (contrabaixo), Michele Schade (trombone tenor) e Yohan Prestes (trombone tenor). O time se completa com dois músicos convidados, para o trombone baixo: Luciano Victorino da Costa, de Blumenau, e Evandro Hasse, de Itajaí.
A seleção pela banca avaliadora convidada contemplou uma faixa etária diversificada – entre 18 e 29 anos –, somando músicos mais experientes com outros em busca de espaço profissional. Cláudio Moraes, regente e diretor artístico, revela que um dos eixos da iniciativa foi o de oferecer novas oportunidades para quem ainda está construindo sua carreira. “Muitos jovens talentosos, prontos para entrar no mercado, abandonam as aulas de música aos 17 ou 18 anos e vão trabalhar em fábricas por salário de estagiário. Por que não garantir uma remuneração adequada na área da música e permitir que eles continuem seus estudos?”
Calcado em um repertório jazzístico genuinamente brasileiro, de Pixinguinha a Hamilton de Holanda, de Noel Rosa a Hermeto Pascoal, o espetáculo reúne peças consagradas com arranjos contemporâneos e, também, composições inéditas dos próprios músicos. “O grupo está empolgado, e com uma enorme gana de tocar”, adianta o regente, lembrando que o formato de Big Band escolhido para o projeto remete ao jazz norte-americano dos anos 1920 a 1950, sendo reconhecido por grandes nomes como Duke Ellington, Benny Goodman e Frank Sinatra. No Brasil, destacam-se a histórica Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e as atuais SpokFrevo Orquestra e Soundscape Big Band.
Sobre o projeto
A Experimental Big Band é uma iniciativa da Sarau# Produções, por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) do Governo do Estado de Santa Catarina, com aprovação da Fundação Catarinense de Cultura. O projeto conta com o apoio do Campus Park Unisociesc, além do incentivo de importantes parceiros como Schulz Compressores, Ciser, Celesc e ICRH – o braço social do Grupo Tigre.
A palavra dos músicos
“Estou superfeliz em participar do projeto. Nunca havia tocado em uma formação como esta. Já no primeiro ensaio, tive uma resposta positiva e fui bem acolhida, com o regente me auxiliando em dificuldades técnicas. A linguagem da Big Band está ficando mais natural para mim, o que me deixa empolgada. O número de mulheres tocando trombone no Brasil é bem reduzido, então vejo que isso traz representatividade. Quando a gente toca um repertório mais desafiador, as meninas admiram bastante. E é um dos motivos pelos quais eu estudo, não desisto e sigo em frente.”
Michele Schade, trombonista
“Desde o processo seletivo, é uma experiência incrível. Para encarar a banca, tivemos que preparar repertório, estudar leitura, a linguagem que a gente vai trabalhar… Após o momento em que entrei na Big Band, senti que eu ‘tô podendo’. Também vou aproveitar a oportunidade como laboratório para meus arranjos, um assunto que estudo desde o final da minha graduação em música. Espero que o projeto vá cada vez mais aumentando em todos os fatores, ampliando as regiões em que atua.”
Guilherme Espindola, guitarrista
“Soube do projeto por colegas de Florianópolis, onde vivo. Não existe algo assim aqui na região. É uma oportunidade de tocar um repertório em torno do qual a gente não tem tanta prática no dia a dia. Vamos tocar até uma composição minha, Mi-Longa. Foi muito bom esse espaço aberto para compositores e arranjadores, deixar a gente construir o repertório. Esses movimentos só agregam a mais a minha vontade de participar do ano que vem, à medida que o projeto tenha continuidade.”
Gabriel Alves, trompetista
Programação de shows
31 de agosto, 16h, Auditório do IFC, Araquari
1º de setembro 10h30, Feirinha do MAJ, Joinville
14 de setembro, 16h, Auditório do Cedup Prefeito Manoel Aguiar, Guaramirim
28 de setembro, 19h, Centro Cultural Dr. Genésio Turek, São Bento do Sul
29 de setembro, 16h, Cine Teatro X de Novembro, São Francisco do Sul