Um bebê de 1 ano faleceu após a descoberta de uma condição extremamente rara. Médicos encontraram um feto dentro de sua cabeça, em uma anomalia chamada fetus in fetu (FIF), também conhecida como gêmeo parasita.
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O caso, que ocorreu na China, foi descrito pela revista científica American Journal of Case Reports na última sexta-feira (21). Embora a criança tenha passado por uma cirurgia para a remoção do feto, ela faleceu 12 dias após a operação.
De acordo com a publicação, o feto removido media 18 centímetros e já havia desenvolvido braços, olhos e cabelo.
Atraso no desenvolvimento
A mãe da criança, preocupada com o atraso no desenvolvimento motor da filha, levou-a para check-ups de rotina. Durante a análise do histórico gestacional, os médicos notaram que, na 33ª semana de gestação, o perímetro cefálico (tamanho do crânio) do bebê estava maior do que o normal para o período.
A menina nasceu com 37 semanas e, após um ano, ainda não conseguia andar, engatinhar e só conseguia dizer a palavra “mãe”.
Uma tomografia computadorizada do crânio revelou a presença de tecidos e ossos semelhantes a um membro na área intracraniana da menina. Inicialmente, os médicos suspeitaram que se tratava de um tumor.
Foi realizada uma cirurgia para a retirada do feto, mas a criança teve convulsões difíceis de serem controladas. Infelizmente, ela não resistiu e faleceu 12 dias após a operação.
O que é Fetus in Fetu?
O fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita é uma condição médica extremamente rara na qual um feto anômalo é encontrado dentro do corpo de seu gêmeo. Esta condição ocorre durante a gestação, quando um embrião malformado é “englobado” pelo outro.
O embrião englobado pode continuar a se desenvolver de forma rudimentar dentro do corpo do gêmeo saudável. A causa exata do fetus in fetu não é completamente compreendida, mas acredita-se que ocorra devido a um desenvolvimento anômalo dos gêmeos, onde um embrião se desenvolve dentro do corpo do outro.