A deputada federal Erika Hilton (PSOL) anunciou que tomará medidas legais contra o narrador Sérgio Maurício, acusado de transfobia em uma publicação nas redes sociais. O jornalista nega as acusações e a autoria do perfil que fez os comentários.
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Em nota divulgada em suas redes sociais, Hilton afirmou que vê como positiva a decisão da Band de afastar o narrador, mas destacou a necessidade de uma responsabilização criminal.
“Porque o simples fato de eu ser quem eu sou, de pessoas trans serem quem são, é motivo para sermos vítimas de violência completamente gratuita, física ou virtual. E não há outros termos que descrevam tal comportamento se não perseguição, transfobia, crime de ódio e violência política de gênero. Isso é inaceitável”, declarou a parlamentar.
A deputada também mencionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, desde 2019, enquadra atos transfóbicos como injúria racial.
“Por fim, agradeço imensamente o carinho que eu e a comunidade trans recebemos de inúmeros fãs, páginas e perfis dedicados à Fórmula 1. A Fórmula 1 é gigante no Brasil, e com a nossa história nesse esporte, não teria como ser diferente. E se agigantam também aqueles que usam suas vozes e plataformas para proteger aquelas e aqueles que são cotidianamente atacados simplesmente por serem quem são”, concluiu.
Entenda o caso
A polêmica começou após um perfil no X (antigo Twitter), atribuído a Sérgio Maurício (@sergiomdoficial), chamar Erika Hilton de “uma fake news humana” e “coisa”, em resposta a um comentário transfóbico de outro usuário. O perfil, que possuía mais de 30 mil seguidores e era frequentemente citado pela página oficial da BandSports, foi excluído após a repercussão do caso.
Maurício nega ser o autor das postagens e, em entrevista à Folha de S.Paulo, afirmou que “não é a primeira vez que pessoas de forma maliciosa criam perfis falsos e/ou reproduzem falas inverídicas usando a minha imagem”. O narrador também disse que tomará medidas jurídicas para esclarecer o caso.