Envolvido na rotina diária de atendimento aos pecuaristas locais, o trabalho das profissionais do Serviço de Clínica Médica Veterinária de Animais de Grande Porte da prefeitura de Jaraguá do Sul vai ganhar um importante reforço este ano: a efetivação, ainda neste semestre, do setor de apoio diagnóstico para análises clínicas para animais de produção. A unidade irá funcionar das dependências da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento, na Barra do Rio Cerro.
Segundo uma das médicas veterinárias que faz este atendimento, Fernanda Argenton, a criação do laboratório não deixará de ser uma conquista. “Vai ajudar muito no nosso trabalho. Com isso, exames de sangue bovino, por exemplo, que hoje precisam ser feitos fora do município, serão feitos aqui mesmo, o que permitirá ainda mais agilidade em nosso atendimento. Inclusive, já começamos a compra dos equipamentos necessários ”, projetou a veterinária.
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Enquanto a unidade de análises clínicas não se torna realidade, Fernanda e sua colega, Claudia Feldens seguem na rotina diária de atendimento aos criadores da região. Em seu veículo utilitário, convertido numa clínica móvel, as duas profissionais realizam logo cedo uma média de cinco a seis atendimentos diários. A maior parte deles relacionada ao gado bovino, mas a assistência também se estende a outros animais de produção como suínos, ovinos, caprinos, bubalinos e também equinos usados para trabalho no campo. Segundo dados do município, somente em 2024 foram 1.110 atendimentos em 410 propriedades rurais cadastradas.
Para os produtores atendidos, o trabalho feito pelas profissionais é essencial, principalmente no tratamento de doenças como amarelão e mastite, contribuindo assim para a saúde e qualidade da criação local. “É muito importante mesmo. Estamos sempre sendo bem atendidos. É rápido, ágil e adequado”, opinou o criador de gado de corte, Dilmar Oldenburg.
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Fernanda explica que boa parte das enfermidades encontradas no gado tem tratamento se forem iniciadas a tempo. “Nossos produtores costumam observar logo quando o animal para de comer, por exemplo. Nestes casos, eles já nos acionam. Dessa forma, conseguimos entrar logo com tratamento rápido e salvar esses animais, o que não ocorre se o proprietário do animal deixa passar dois ou três dias do início do sintoma. Em casos de doenças mais agudas, infelizmente ocorre a perda. Por isso, é bom ter esse contato constante com nossos produtores”, apontou Fernanda.