Atendimento de urgência e emergência dos municípios em cheque

Noticias relacionadas

COLUNA DO MOA – The Original Cowboys, verdadeiro patrimônio do futsal e do bom samba de roda de Jaraguá do Sul

Guaramirim-Massaranduba: Dr. Vicente reúne órgãos do governo e empreiteiras e define ações para agilizar obra na SC-108

Servidora pública consegue na justiça o direito à restituição de férias antecipadas durante a pandemia descontadas na rescisão

Precisamos promover uma discussão mais aprofundada sobre a situação da rede de atendimento de urgência e emergência na saúde pública de Santa Catarina. Essa minha sugestão foi acolhida pela secretária de Estado da saúde, Carmen Zanotto.
Estamos vivenciando situações em que pacientes com quadros de saúde menos graves, que deveriam ser atendidos em prontos atendimentos municipais, acabam sobrecarregando as emergências dos hospitais regionais, gerando uma movimentação exagerada de ambulâncias pelas estradas.
Levantei essa questão durante a reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que contou com a participação da secretária Carmem Zanotto, quando ela apresentou as estratégias adotadas pelo governo do Estado frente à crise epidemiológica, à alta ocupação de leitos de UTI e à necessidade de ampliar a adesão às campanhas de vacinação.
Essa crise na saúde, provocada pela epidemia de dengue e pelo avanço das doenças respiratórias, mostra que muitos municípios não estão cumprindo com suas responsabilidades.

Em vez de melhorar suas estruturas de saúde e equipar os prontos atendimentos, preferem encaminhar seus pacientes para os municípios com hospitais de referência, pressionando as equipes médicas.
É importante destacar que 75% dos pacientes que chegam em ambulâncias nas emergências dos hospitais não apresentam quadros de saúde que justifiquem esse movimento. Isso se dá pela ausência de UPAs em cidades de médio porte e por municípios nos quais as estruturas de atendimento de emergência não contam nem com laboratório para realizar exames de sangue.
Isso acarreta dois graves problemas de saúde pública: o envio de pacientes que  não necessitam de hospitalização para nossos hospitais de referência, superlotando as emergências dessas instituições – caso dos hospitais de Jaraguá; e o atendimento deficiente em alguns municípios, incapaz de avaliar o estado real de saúde de um paciente por meio de um simples exame de sangue, um hemograma, que poderia embasar um diagnóstico mais preciso e priorizar aqueles que realmente precisam de hospitalização.
Vamos em frente. Um grande abraço.