Adolescentes são apreendidos suspeitos de planejar massacres em SC

data 21 de julho de 2023

O CyberGAECO do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o Ministério da Justiça e a Polícia Civil do Estado do Piauí deflagram, nesta sexta-feira (21/7), a Operação Pessinus

Dois adolescentes foram internados compulsivamente nesta sexta-feira (21) por planejar massacres, atos nazistas, cultos violentos e incitação ao suicídio em Estados brasileiros, entre eles, Santa Catarina. A ação faz parte da Operação Pessinus que une o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o Ministério da Justiça e a Polícia Civil do Estado do Piauí.

Segundo o MP, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Biguaçu (SC), Ilha Grande (PI), Lucas do Rio Verde (MT) e Macaé (RJ). Além dos mandados, os dois adolescentes mandados para internação provisória eram de Ilha Grande (PI) e Lucas do Rio Verde (MT).

De acordo com as investigações, os adolescentes incentivaram suicídio de ao menos dez adolescentes nos Estados de Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Paraíba. Felizmente, as mortes foram evitadas pela operação.

As idades dos adolescentes não foram divulgadas pelo MP. Questionados, a pasta decidiu resguardar a informação.

O trabalho da equipe de investigação do CyberGAECO do Ministério Público de Santa Catarina identificou perfis em redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência. Entre eles, eram planejados estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e culto e enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.

Segundo os investigadores, entre os perfis identificados, um chamou bastante atenção. Tratava-se de uma adolescente que aparentemente tinha a intenção de incendiar uma escola. No entanto, os trabalhos de investigação revelaram que na verdade a adolescente estava sendo vítima de extorsão sexual, encontrando-se numa realidade de submissão decorrente disto.

Um dos adolescentes investigados no estado do Piauí possuía perfis de culto a símbolos nazistas, incluindo imagens de automutilação.

Segundo a apuração, além de idolatrar e propagar imagens de assassinos de massacres escolares, o jovem praticava por meio desses perfis apologia e incitação a crimes contra a vida. Além disso, o adolescente divulgava conteúdos proibidos de tortura, pedofilia, crueldade contra animais e pessoas.

O adolescente ameaçava sequestrar, estuprar e matar uma das vítimas e realizava diversas violências sexuais por meios virtuais. Ele também exigia que sua ex-namorada realizasse automutilação em frente às câmeras.

Com base nas informações recebidas pelo CyberGAECO, a Polícia do Piauí instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores. As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso também apoiaram a ação.

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