A importância da equipe multidisciplinar na abordagem dos pacientes com TEA e demais transtornos do neurodesenvolvimento

Diagnóstico precoce e tratamento adequado são as bases do sucesso.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta a maneira como uma pessoa se comunica e interage com o mundo ao seu redor. Os sintomas não se manifestam da mesma forma em todos e por isso tem a denominação de “espectro”. Algumas pessoas com autismo podem ter dificuldades leves, enquanto outras podem precisar de mais suporte em diversas áreas da vida, como na comunicação e no comportamento. O diagnóstico precoce do TEA faz toda a diferença, tendo em vista que quanto mais cedo forem feitas as intervenções, melhor será o desenvolvimento das habilidades e qualidade de vida do paciente.
Nesse sentido, o trabalho de uma equipe multidisciplinar é essencial! O autismo afeta diferentes áreas do desenvolvimento, então é preciso contar com profissionais de várias especialidades para garantir que todas as necessidades sejam avaliadas e atendidas. Cada um dos especialistas envolvidos no diagnóstico e tratamento traz uma perspectiva única, contribuindo para que a pessoa com TEA tenha um atendimento completo e individualizado.

Entre os profissionais mais importantes estão:
Médico neurologista ou psiquiatra infantil: são eles que fazem uma análise mais profunda da saúde mental e neurológica da criança, verificando se há outras condições que possam estar causando sintomas semelhantes aos do autismo. Além disso, são eles que indicam medicamentos, quando necessários, para lidar com sintomas como ansiedade ou dificuldade de atenção.
Psicólogo: eles avaliam o comportamento e as habilidades cognitivas da pessoa, além de observar como ela interage com os outros. Usando testes específicos, como o ADOS-2 e a ADI-R, o psicólogo ajuda a identificar os sinais do autismo e participa do processo de diagnóstico.
Fonoaudiólogo: muitas pessoas com TEA e outros transtornos do neurodesenvolvimento têm dificuldades na comunicação, seja para falar, seja para entender a fala dos outros. O fonoaudiólogo trabalha com essas questões, ajudando a pessoa a desenvolver habilidades de fala e de linguagem que facilitem a interação social.
Terapeuta ocupacional: ele ajuda a pessoa a lidar com as atividades do dia a dia, trabalhando habilidades motoras e sensoriais. Muitas pessoas com autismo podem ser sensíveis a certos estímulos, como sons altos ou luzes, e o terapeuta ocupacional auxilia na adaptação a esses desafios, facilitando a vida cotidiana.
Psicopedagogo: como muitas crianças com autismo também têm dificuldades de aprendizagem, o psicopedagogo desempenha um papel importante no ambiente escolar, adaptando métodos de ensino e ajudando no processo de inclusão.
Assistente social: a família também precisa de suporte e o assistente social é quem orienta sobre os direitos e recursos disponíveis, como o acesso a tratamentos especializados e benefícios governamentais. O apoio à família é crucial, pois o impacto do autismo vai além da pessoa diagnosticada – ele afeta todos ao redor.
Fisioterapeuta: o fisioterapeuta tem um papel de extrema importância para melhorar as habilidades motoras, controle postural e coordenação motora dos pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) e com outras condições que afetam o neurodesenvolvimento.
Nutricionista: o nutricionista tem um papel importante na condução e manejo dos pacientes com transtorno do neurodesenvolvimento, uma vez que os mesmos podem apresentar seletividade alimentar. Desse modo, o profissional pode ajustar a dieta e garantir uma alimentação adequada.
Musicoterapeuta: a musicoterapia tem um papel crucial no tratamento dos pacientes com TEA, uma vez que a musica é uma ferramenta terapêutica capaz de promover o desenvolvimento emocional, cognitivo, social e motor.

Equipe Projeto Campi

A atuação em equipe desses profissionais permite que a pessoa com autismo ou demais transtornos do neurodesenvolvimento receba um cuidado mais completo e personalizado, levando em consideração suas particularidades e potencialidades. Cada um com sua experiência pode  contribuir para que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos de forma mais humanizada, respeitando o tempo e as necessidades de cada indivíduo. Isso faz com que o processo não seja apenas sobre tratar o transtorno, mas sobre valorizar e promover o desenvolvimento da pessoa como um todo.
O Centro de Atendimento Multidisciplinar Psicossocial Inclusivo, o Campi, que atende pacientes de todas as idades com questões que envolvem o neurodesenvolvimento em Jaraguá do Sul, conta com todos os profissionais supracitados tanto para o processo de avaliação diagnóstica quanto intervenções. Além disso, a Campi também oferece outros profissionais que complementam o acompanhamento clínico e são de grande valia para a melhora dos pacientes, como: educador físico, artes marciais/jiu-jitsu, entre outras especialidades.

Por: Dr. Hilton Costa CRM SC 36581 – Médico Campi Jaraguá do Sul/SC.

Veja também

Desenvolvido por AUIN Tecnologia