Policiais federais cumpriram ordens de busca e de apreensão em Balneário
A Polícia Federal deflagrou na terça-feira a operação “Não seja um laranja”, a fim de combater um esquema criminoso de desvio de dinheiro em fraudes bancárias que movimentou ilegalmente R$ 18,2 milhões. O bando usava contas eletrônicas e laranjas para realizar as transações.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.
A Polícia Federal afirma que, nos últimos anos, detectou um "aumento considerável" na participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos. Esses suspeitos "emprestam" as contas bancárias e, em troca, recebem parte do dinheiro ilícito.
Segundo a PF, a participação dessas pessoas "possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos".
"A Polícia Federal alerta a sociedade que: emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros", diz a corporação, em nota.
Segundo a PF, a ação é resultado do trabalho da força-tarefa Tentáculos, instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas. O grupo atua em cooperação com as polícias civis e as instituições bancárias, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo a Polícia Civil, a ação ocorreu nas casas de pessoas que cederam contas para esquemas criminosos, e receberam, ao todo R$ 300 mil, de fraudes cometidas contra moradores de Minas Gerais e Pernambuco.
Segundo a Polícia Civil do DF, durante as buscas, foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos bancários, aparelhos celulares e computadores. Na capital, a operação foi coordenada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil.