Operação cumpre 11 mandados contra advogados; entenda o caso 

data 13 de junho de 2024

O Gaeco deflagrou a operação nesta quarta-feira (13). A ação cumpriu 11 mandados contra advogados investigados por facilitação de comunicação entre detentos 

ação cumpriu 11 mandados contra advogados investigados por facilitação de comunicação entre detentos. – Foto: Gaeco/Reprodução/ND

A operação Balthus cumpriu 11 mandados de busca e apreensão contra advogados investigados por facilitação da comunicação entre detentos no Meio-Oeste de Santa Catarina. A ação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (13).

Além dos 11 mandados de busca e apreensão, também foram cumpridos dois de prisão preventiva e três de suspensão cautelar do exercício da advocacia.

As investigações iniciaram há mais de um ano com alvos nos municípios de Joaçaba, Capinzal, Ouro, Água Doce e Piratuba.

Segundo a investigação, o processo de comunicação coloca a sociedade em risco e promove o crescimento e avanço de organizações criminosas.

“O método se tornou eficaz para o funcionamento do sistema de comunicação entre criminosos, garantindo que as informações ilícitas permaneçam sendo transmitidas, por meio de advogados, entre eles e para terceiros”, diz o texto do Ministério Público de Santa Catarina.

O trabalho contou com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e o Gefac (Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas), com apoio da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba.

Participam da operação dois promotores de justiça e 24 policiais integrantes do Gaeco, além de 10  viaturas. A investigação segue em segredo de justiça a para de evitar que eventual publicidade dificulte a identificação de outros possíveis envolvidos.

Como surge a operação que cumpre mandados contra advogados?

A Operação Balthus recebeu esse nome em alusão a um tipo específico de nó de gravata, o “nó Balthus”. No linguajar da prisão, “gravata” é o termo utilizado pelos detentos para se referir aos advogados.

O nome da operação reflete diretamente o foco das investigações: advogados suspeitos de abusar das prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação, ou – sintonia-, entre os presos.

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