22 de outubro de 2018 
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Uma viagem sonora por clássicos do country, folk, western e blues é a proposta de Mr. Rank, que abraçou a música despretensiosamente há mais de 20 anos e a mantém paralelamente com um profissionalismo extremo. “Sempre gostei de música e durante a faculdade costumava ouvir muito a rádio Itapema FM. Foi quando conheci a sonoridade das gaitas de boca e comprei uma mesmo sem entender nada de música”, conta ele, que aprendeu tudo sem nunca ter passado por um curso regular, mas tentando, errando, ajustando o conhecimento e prestando atenção às dicas dos amigos.
Hoje o repertório é composto basicamente por músicas que ele curtia na adolescência e trouxe para a vida adulta, com composições de Johnny Cash, Bob Dylan, Willie Nelson e Neil Young. “Ressalto sempre que todos devem assistir a um dos meus shows porque são músicas que marcaram época, foram trilha sonora de filmes e muitas vezes não associamos aos artistas ou ao estilo. Sempre rende boas lembranças e momentos agradáveis”.
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E o que inicialmente era apenas um passatempo foi ganhando corpo e das festas familiares e de amigos passou aos bares e pubs. Em Jaraguá do Sul já se apresentou em casas conceituadas, como o Ferraza, The John, Pirata Rock Bar, Choperia Tia Neide, General Lee e Sacra. Além de apresentações na SCAR. Ao longo da carreira algumas coisas precisaram ser revistas e novos talentos explorados. “No início eu tocava sempre com parcerias, mas as constantes mudanças de cidade impediam que isso fosse pra frente e me obriguei a tocar violão e cantar”, destaca ele. O motivo foi a sua carreira “oficial”. Dionei Rank é formado em Engenharia Elétrica e possui MBA em Gestão e Marketing. Natural de Corupá, ele já morou nas capitais catarinense e paranaense e há sete anos se estabeleceu em Jaraguá.
Tal movimento, no entanto, foi importante para a música também e hoje ele aproveita as apresentações para rever pessoas queridas que deixou em cada um desses lugares. “Gosto de dizer que o meu principal prazer é ser capaz de reunir as pessoas através da minha música”, garante. Ele conta que não é raro reencontrar amigos distantes e parentes que há muito não vê durante as apresentações e que a família sempre deu total apoio. Casado e pai de uma garotinha de seis anos de idade, ele conta que muitas vezes elas também o acompanham e Mr. Rank não esconde o sentimento de gratidão.
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A repercussão do trabalho ganha ecos também na internet e contribuiu para que o artista formasse uma plateia fiel, que não se importa de viajar algumas horas para prestigiar o som. Ele se alegra falando das “Dionetes”, uma espécie de fã clube com grupo nas redes sociais, e não economiza simpatia e atenção com os fãs. “Costumo ouvir cada sugestão de música e tentar incluí-la no repertório. Na maioria das vezes preciso treinar muito em casa. Ensaio, gravo a canção e envio através do celular para quem a sugeriu”, destaca.
Como hoje em dia normalmente se apresenta só, a agenda para os ensaios também fica mais fácil. “Tenho essa liberdade e consigo conciliar bem as duas profissões. Sem sobrecarregar o número de shows e dando a devida atenção às duas áreas”, explica. Ele salienta que não pensa em se dedicar somente à música, mas continua em constante aprendizado e revela que o violão ainda é a parte mais desafiadora do trabalho.
“Minha maior pretensão é chegar aos 90, cem anos de idade reunindo as pessoas, cantando, tocando minhas gaitas de boca e o violão”, revela. Dionei não descarta ainda atender a um pedido do público e lançar um álbum ou pelo menos uma música própria, mas ainda não fala em datas. É aguardar para ver onde o talento ainda levará Mr. Rank.
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Próximo show em Jaraguá: 24 de fevereiro, à noite na choperia Tia Neide. A apresentação se chama “Acústico Country Roads”, em que clássicos do Country e do Faroeste serão interpretados com um figurino fiel aos filmes de bang bang.
